Hobart é a capital do estado da Tasmânia, no sul da Austrália. O estado é uma ilha descoberta originalmente por um explorador holândes, antes mesmo dos ingleses chegarem ao país. Porém, o local só obteve governo próprio em 1856.
A cidade de Hobart combina um estilo de vida moderno com um charme colonial, oferecendo aos visitantes uma variedade de atrações, desde museus e galerias até montanhas e parques.
Neste artigo, vamos apresentar um roteiro de 5 dias sobre o que fazer em Hobart. É claro que este artigo é apenas um guia, portanto você não precisa seguir os dias marcados e nem a ordem dos locais. Eles foram pensados para uma exploração de 5 dias, mas você pode mudar de acordo com suas condições.
Confira e prepare-se para uma viagem inesquecível pelo extremo sul da Austrália!
Dia 1: Centro histórico e Salamanca Market
No primeiro dia, vamos explorar o centro histórico de Hobart, que preserva edifícios do século 19 e conta um pouco da história da colonização da Tasmânia.
Comece o seu passeio pela Battery Point, um bairro charmoso que abriga casas antigas, cafés, restaurantes e lojas. Você pode fazer uma caminhada guiada pelo bairro ou seguir o Battery Point Sculpture Trail, um caminho pela cidade com esculturas que representam marcos da história local.
Depois, siga para a Salamanca Place, uma rua que reúne os antigos armazéns de pedra que serviam para o comércio marítimo de Hobart. Hoje, estes edifícios abrigam galerias de arte, lojas de artesanato, bares e restaurantes.
Aos sábados, acontece o famoso Salamanca Market, um mercado ao ar livre que vende produtos locais, como frutas, queijos, vinhos, doces, roupas, jóias e souvenirs. O mercado funciona das 8h30 às 15h e atrai milhares de visitantes.
Aproveite para almoçar em algum dos restaurantes do local, que oferecem culinária típica e internacional.
À tarde, caminhe até o Parliament House, o prédio que abriga o parlamento da Tasmânia, construído em 1840. Você pode fazer uma visita guiada pelo interior do prédio ou apenas admirar a sua arquitetura externa.
Em seguida, atravesse a rua e visite o Royal Tasmanian Botanical Gardens, o jardim botânico real da Tasmânia, que exibe mais de 6 mil espécies de plantas de diferentes partes do mundo. A entrada é gratuita e o jardim funciona o dia todo, aberto para visitantes.
Para terminar o dia, volte para a Salamanca Place e escolha um dos bares ou pubs para curtir a noite. Você pode experimentar as cervejas artesanais da região, ouvir música ao vivo ou assistir a algum espetáculo de teatro ou comédia.
Dia 2: Mount Wellington e MONA
No segundo dia, vamos conhecer duas das principais atrações de Hobart: o Mount Wellington e o MONA. O Mount Wellington é a formação que domina a paisagem da cidade, com 1.271 metros de altitude.
Do seu topo, é possível ter uma vista panorâmica de Hobart, do rio Derwent e da baía de Storm. A estrada é asfaltada e tem vários mirantes pelo caminho, você pode ir de ônibus ou mesmo um carro alugado.
No cume, há uma plataforma de observação, um abrigo e algumas trilhas para caminhada. O clima no monte é imprevisível, por isso, leve roupas quentes e impermeáveis.
Depois de apreciar a vista do Mount Wellington, volte à cidade e desça até o Museum of Old and New Art (MONA), o museu de arte antiga e nova, que é considerado o maior museu privado da Austrália.
O museu fica em uma vinícola às margens do rio Derwent e abriga uma coleção eclética e provocativa de obras de arte contemporânea e antiguidades. O museu é famoso por suas exposições interativas, que desafiam os visitantes a refletirem sobre seus conceitos.
O museu funciona de quarta a segunda, das 10h às 17h, e a entrada custa 30 dólares australianos para adultos e é gratuita para menores de 18 anos.
Dia 3: Bruny Island
No terceiro dia, vamos fazer um bate-volta para a Bruny Island, uma ilha que fica a cerca de 40 minutos de carro de Hobart, mais 15 minutos de balsa. A ilha é dividida em duas partes, a norte e a sul, ligadas por um estreito chamado The Neck.
A ilha é um paraíso natural, com praias, florestas e penhascos. Você também pode fazer passeios de barco, caiaque ou avião pelo local.
Algumas das atrações da ilha são:
- The Neck: o istmo que liga as duas partes da ilha, onde você pode subir até um mirante e ter uma vista espetacular das duas costas. O local também é um santuário de pinguins, que podem ser vistos ao anoitecer.
- Cape Bruny Lighthouse: o farol mais antigo da Austrália, construído em 1838, que fica no extremo sul da ilha.
- Adventure Bay: a baía mais famosa da ilha, onde você pode nadar, surfar, pescar ou fazer um passeio de barco para ver golfinhos, focas e baleias. A baía também tem uma importância histórica, pois foi visitada por vários exploradores, como James Cook e Abel Tasman.
- South Bruny National Park: o parque nacional que ocupa a maior parte do sul da ilha, onde você pode fazer trilhas, acampar ou observar a fauna e a flora.
Dia 4: Port Arthur e Tasman Peninsula
Vamos fazer outro bate-volta, desta vez para Port Arthur e a Tasman Peninsula, que ficam a cerca de 90 minutos da cidade. Port Arthur é um dos locais mais históricos da Austrália, pois foi uma das principais colônias penais do país no século 19.
Hoje, o local é um museu a céu aberto, que mostra como era a vida dos presos e dos guardas na época. Você pode fazer uma visita guiada pelo complexo ou um passeio de barco ao redor do porto.
A Tasman Peninsula é uma península que fica ao lado de Port Arthur. O local possui uma paisagem natural impressionante, com formações rochosas, falésias, cavernas e arcos naturais. Você pode fazer um passeio de barco pela costa, que passa por lugares como a Remarkable Cave, a Tasman Arch, a Devil’s Kitchen e a Blowhole.
Dia 5: Richmond e Coal River Valley
Por fim, vamos conhecer a região de Richmond e do Coal River Valley, que ficam a cerca de 30 minutos de carro da área urbana. Richmond é uma cidade histórica que lembra os séculos passados, quando era um importante centro agrícola e militar.
A cidade preserva vários edifícios da época, como a Richmond Bridge, a ponte de pedra mais antiga da Austrália, construída em 1823, a Richmond Gaol, uma das prisões mais antigas da Austrália, construída em 1825, e a St John’s Church, uma igreja católica que é o ícone da cidade.
O Coal River Valley é uma região vinícola que produz alguns dos melhores vinhos da Tasmânia, especialmente vinhos brancos e espumantes. Você pode fazer um tour pelas plantações, degustar os vinhos e aprender sobre os processos de produção.
Algumas das vinícolas mais famosas são a Pooley Wines, a Puddleduck Vineyard, a Frogmore Creek e a Coal Valley Vineyard. Você também pode aproveitar para almoçar em algum dos restaurantes da região, que oferecem pratos deliciosos com ingredientes locais.
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