A maioria dos Brasileiros que estão na Austrália passam pelo mesmo dilema depois de algum tempo vivendo no país: “Voltar ou não voltar para o Brasil?”. Este post mostra 8 relatos reais de como é voltar para o Brasil após morar na Austrália.

Para realizar este post, nós elaboramos 4 perguntas com a intenção de mostrar aos nossos leitores quais as situações que levam Brasileiros a voltar para o Brasil e também dos sentimentos envolvidos nesse processo.

Essas perguntas foram enviadas para 8 amigos que passaram no mínimo 6 meses na Austrália, que já voltaram para o Brasil e que estão em território Brasileiro por no mínimo 6 meses. Vejam as perguntas e em seguida as respostas na íntegra de cada um dos participantes:

Perguntas aos Brasileiros

1. O que te motivou ir para a Austrália? (onde ficou, quando foi e quanto tempo ficou)

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2. Quais foram os maiores aprendizados no país?

3. Porque decidiu voltar para o Brasil?

4. O que você sentiu após 6 meses no Brasil?

 

Silmara Godoy

1. Primeiramente o clima ser semelhante ao do Brasil, mas ter um amigo que morou em Gold Coast, foi decisivo. Ele me indicou a escola e homestay (fiquei na mesma que ele, porém em período diferente). Cheguei em 2009, e morei nos bairros: Miami, Broadbeach, Robina e Mermaid waters, Em 2011 fui estudar e trabalhar em Brisbane, e então morei em Spring Hill e em Indooroopilly. Retornei ao Brasil em Março/2012.

2. Além do inglês, conheci e aprendi muito em conviver e morar com pessoas de diversas etnias. A troca cultural é imensa e eu particularmente tenho forte atração por isso. Os benefícios como segurança, educação, limpeza da cidade entre outros, valem o investimento.

3. A decisão foi muito difícil, porque eu estava me estabilizando profissionalmente, após ter conquistado o Diploma de Gestão em Turismo, porém, devido a problemas de saúde com minha mãe, optei em retornar ao Brasil com a promessa de voltar para a Austrália, onde fiz amizades sólidas.

4. Poderia resumir que minha adaptação a Austrália foi muito mais fácil do que minha readaptação ao Brasil. Os valores a educação e ao próximo, existentes e naturalmente praticados pelos Australianos, vieram de encontro com minha essência, que por sua vez não são hábitos praticados com assiduidade no Brasil. O choque foi grande, mas para que eu pudesse seguir lembrava que foi por uma necessidade a qual, ninguém programa. O retorno foi um retrocesso, já que particularmente desfiz de uma carreira estável como bancária e vendi meu apartamento em prol de um sonho que realizei, mas não finalizei. Voltei para um País onde nasci, cresci e vivi, porém, devido a intensidade, posso dizer que o meu desenvolvimento ocorreu nos anos em que eu estive na Austrália, minha nacionalidade de coração e país que tem o meu respeito e admiração. Tenho planos em retornar, mas enquanto isso, vou alinhando as arestas para que, na próxima oportunidade eu esteja emocionalmente alicerçada para aguentar as surpresas, agradáveis e outras nem tanto, que a vida nos dá.

 

Marcelo Fernandes

1. O que me motivou ir para Austrália foi aprender inglês e vivenciar uma nova cultura. O clima tb influenciou bastante pois parece bastante com o Brasil. Eu sempre morei em Gold Coast mais precisamente em Broadbeach. Eu fui em Fevereiro de 2009 e voltei em Maio de 2013.

2. Meus maiores aprendizados foram vivenciar uma cultura diferente e conviver com pessoas do mundo todo. Mas o que considero o mais importante foi aprender a falar inglês.

3. Decidi voltar para o Brasil por causa da minha família e amigos. Eu demorei muito para tomar a decisão se eu ficaria para sempre ou nao. Quando você chega na Austrália você logo se apaixona pelo país, mas precisa resolver e pensar rápido no futuro, pois você terá que fazer algum curso que esteja em demanda com a imigração para obter o visto de residente. O tempo foi passando e eu não tinha certeza se era isso que eu queria e qdo resolvi pensar sobre eu ficar lá para sempre já tinha passado 4 anos. O processo para se obter o visto de residente demora mais ou menos uns 4 a 5 anos.

4. A parte mais difícil é a volta sem duvida e posso afirmar que foi a decisão mais difícil da minha vida. A readaptação é complicada e você quando volta fica mto triste e inseguro. Depois de morar 4 anos na Austrália onde nao se tem violência, corrupção, tudo funciona é um choque de realidade que você toma ao retornar e várias coisas você começa a se perguntar. Uma frase que eu sempre digo: “A Austrália é o Brasil que deu certo”.

 

Marcos Clementino

1. O que motivou a minha ida foi a facilidade para encontrar trabalho (mesmo sem saber falar inglês na época), o clima e as praias. Fiquei em Sydney durante dois anos e dois meses. Morei em Bondi, Dee Why, Manly e Brookvalle. Todos os locais fantásticos, mas meu voto fica pra Manly, como o melhor lugar onde fiquei.

2. Meu maior aprendizado foi reconhecer, que nós brasileiros, somos muitas vezes desonestos e mal-educados e não nos damos conta disso. E no meu caso como paulistano, aprendi que podemos viver com qualidade de vida.

3. Voltei ao Brasil porque o nosso país era considerado “a bola da vez” no mundo, inclusive sob o olhar dos próprios australianos. O país que tinha tudo pra dar certo, eleito para sediar Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, e com uma economia que na época ia bem. Não podia perder o melhor da minha terra natal, tinha que estar por lá. Além disso, a minha esposa ficou grávida e queríamos que o nosso filho nascesse próximo da família. Hoje estamos arrependidos. A minha história pode servir de exemplo para o brasileiros que gostam da Austrália resistirem, lutarem e permanecer na terra dos Cangurus. Voltem apenas para visitar.

4. Nos primeiros seis meses me sentia um estrangeiro vivendo no Brasil, um
peixe fora d’água. Tinha medo, achava tudo estranho, ruas super lotadas e fios nos postes de iluminação pública. Uma guerra no trânsito, total desrespeito. Coisas que antes eu achava normal, não tinha mais como tolerar. Fiquei extremamente chato e só falava mal do Brasil e bem da Austrália. Insuportável a tal ponto de amigos evitarem esse tipo de
conversa comigo. Nunca imaginei que tão pouco tempo em outro país me transformaria tanto, abriria os meus olhos.

O que mais me chateou é ver a ostentação dos brasileiros com roupas e outros bens de consumo, a pobreza espiritual nesse sentido. Tambèm gosto de roupa de
marca e de me vestir bem, mas condicionar a minha vida a isso e entrar em dívida por conta disso eu acho um absurdo. Sinto saudades de ver os jovens andando descalço nos shoppings e ônibus de Sydney, roupas amassadas (sem passar) e pouco ligando para roupa que vestem ou carro que dirigem.

 

Alan Formaggio

1. Eu sempre tive vontade de ir para a Austrália, o porque exatamente não tenho certeza, mas deve ter sido por causa do filme Procurando Nemo. Também um amigo meu foi para Gold Coast em 2007 e eu via as fotos dele e fiquei maluco. Quando ele voltou, me contou tudo e assim que terminasse o ensino médio eu decidi que iria. Fui para Gold Coast, em março de 2010 e retornei em março de 2011.

2. Além do inglês que aprendi muito, aprendi sobre a cultura de diversos países com as amizades que fiz lá. O principal aprendizado que tive, foi como viver! Eu era muito novo, morava com meus pais e do nada fui para o outro lado do mundo, sozinho e sem conhecer ninguém. Aprendi a me virar sozinho, lavar roupa, cozinhar, trabalhar para pagar as próprias contas. Posso dizer que saí do Brasil adolescente e voltei adulto.

3. Voltei para o Brasil porque engravidei minha namorada que conheci lá ( atual esposa) e não era formado, com visto de estudante aos 20 anos, sem formação profissional, decidimos que era melhor voltar para o Brasil.

4. Após 1 mês eu já estava “depressivo”, imagina após 6? Hahaha, Eu fiquei muito mal, sempre pesquisando maneiras de voltar para a Austrália, não conseguia me acostumar a vida no Brasil novamente.

 

Pedro Mott

1. Meu irmão morava nos EUA anteriormente à Austrália e como a questão de visto da Austrália era muito mais fácil de conseguir, optamos por ir pra lá. Minha prima tambem morava lá e poderia nos dar um suporte. Fui aos 18 anos e estava disposto a mudar a rotina, me aventurar em novas experiências, adquirir maturidade e melhorar o inglês.
A princípio morei com o meu irmão em Mermaid (Gold Coast), depois morei com pessoas de nacionalidades diversas em Burleigh.

2. Apesar do inglês não evoluir tanto, aprendi a me virar sozinho em todos os aspectos. Trabalho, casa, curso, carro, etc.

3. Decidi voltar para o Brasil por conta da família, amigos e já ter algo profissional mais estruturado aqui.

4. Sempre fica aquela dúvida entre ficar na Austrália ou voltar pro Brasil, mas eu fui um daqueles que acho que tive a decisão certa de voltar e estou feliz por aqui. Gostaria de voltar um dia para a Austrália, mas só pra visitar o meu irmão e minha prima.

 

Relato da Austrália Leticia

Letícia Alvarado

1. Eu tinha a carreira internacional como um objetivo, porém, para participar dos programas de empresas no Brasil que mandam funcionários a trabalho no exterior eu precisava adquirir a verdadeira fluência, que só ia conseguir praticando. Pensando nisso me motivei a estudar inglês fora e foi aí que escolhi a cidade de Gold Coast para me proporcionar essa experiência, onde estudei de março/2015 a janeiro/2016

2. Aprendi que as amizades se intensificam. Que a saudade causa dor física e que é impossível tirar a Austrália do coração.

3. Voltei para o Brasil para dar continuidade no meu plano de carreira. Ainda morando na Austrália participei de entrevistas via skype e deixei entrevistas presenciais agendadas no Brasil. Minha recolocação se deu na semana seguinte ao meu retorno, cuja oportunidade já me proporcionou viajar a trabalho para 4 países, colocando em prática o inglês o tempo todo.

4. Eu achei que pelo fato de chegar no Brasil e já começar a trabalhar isso iria me ocupar e eu não ia sentir tanta dificuldade em me readaptar. Confesso que quando eu ouvia as pessoas comentarem sobre a readaptação achava exagerado, mas na prática não é fácil mesmo. A Austrália é um país incrível, e são muitas lembranças, momentos de superação, medos, alegrias, perrengues, viagens. Enfim, O mais interessante é que eu não fui com a intenção de ficar, e apesar de ter atingido meus objetivos aqui no Brasil não descarto a possibilidade de voltar para a Austrália.

 

fernando relato australia

Fernando Donea

1. A Princípio o que me motivou ir pra Austrália foi o clima, as belezas do país e além de hoje ser um dos melhores lugares para se viver. Como eu queria fazer um intercâmbio para aperfeiçoar meu inglês, não achei melhor opção que Gold Coast.

A escolha da cidade foi simples já que eu tinha um sonho de conhecer Gold Coast desde os 18 anos (quando foi a primeira vez que procurei sobre intercâmbio), e isso consegui realizar depois de alguns anos. Fui em meados de Maio de 2015 que resolvi embarcar nesta experiência a princípio para ficar 5 meses estudando, mas não foi isso que aconteceu, foram tão intensos esses primeiros meses, que resolvi renovar para mais 2 anos, mas infelizmente por problemas pessoais tiver que volta ao Brasil em 1 ano.

2. Além do inglês que era o principal objetivo, com certeza o crescimento pessoal que adquiri nesse 1 ano, não tem nada nesse mundo que pague. Desde ir morar sozinho e ir pra um lugar aonde não conhecia ninguém até arrumar um trabalho para poder ficar mais tempo no país.

3. Tive alguns problemas familiares que me fizeram voltar, a principio eu vim de férias, iria passar 1 mês para ver como seria. Mas em um segundo momento percebi que iria ter que ficar no Brasil. Aceitei isso e soube que o tempo que estive na Austrália fiz as coisas acontecerem e já voltei com uma ideia diferente das coisas.

4. Essa parte é complicada, pois percebi que voltar é bem mais difícil que partir. Depois que voltei parecia que estava tudo do mesmo jeito, a família, os amigos, os lugares que já conhecia e eu totalmente com outra ideia. Foi aí que dei mais um passo em busca de uma coisa nova e me mudei para Florianópolis. Queria viver mais coisas sozinho ou com outras companhias, e também foi muito bom pro meu aprendizado e vida pessoal, me sinto cada vez mais independente e com vontade de viver outros momentos. Mas uma coisa é certa, ainda voltarei para Austrália nem que seja de férias.

 

Rodrigo Figliolini na Austrália

Rodrigo Figliolini

1. Estava terminando a faculdade quando comecei o projeto de fazer um intercâmbio, junto com a minha família. A ideia inicial era ir para Los Angeles. Mas veio a crise de 2008 e fomos aconselhados pela agência de viagens a ir para a Austrália. Lembro muito bem desse dia. Eu topei de cara e começamos a escolher o destino. No final, escolhemos por Sydney. Embarquei em março de 2009 e fiquei lá até o final de 2010. Com o passar dos meses, fui me encantando mais e mais pelo lugar, o que tornou a volta difícil.

2. Olha, eu nem colocaria o inglês entre os maiores aprendizados, porque teve muitas coisas mais. Primeiro, aprendi a cozinhar algo decente hehe Já que estava por minha conta. Aprendi muito sobre finanças, pois tive primeiro que tirar meu TFN, controlar bem o dinheiro, pagar meus impostos e pegar minha restituição. Aprendi o valor que os australianos dão a quem luta pelo país na guerra e que devemos ter isso no Brasil. A cultura aborígene e o quanto ela sofreu nas últimas décadas. A bela música australiana. E o Rugby!

3. Embarquei já sabendo que um dia voltaria, o que demorou muito mais do que o previsto. Já tinha estendido meu visto de estudante duas vezes e depois trocado para de turista, e este estava perto de expirar. Ficar na Austrália custa caro por uma série de questões e isso precisa trazer algo que acrescente à pessoa. Por mais apaixonados que sejamos pelo país, temos de ter consciência disso. No fim de 2010, retornei e comecei a trabalhar na minha área de formação, jornalismo. Comecei a me estabelecer a partir de 2011.

4. Saudade, o que sinto até hoje. Mas acima de tudo, o ganho de ter passado tanto tempo na Austrália, com tudo o que vivi lá naqueles maravilhosos 18 meses. E por incrível que pareça, tive muita dificuldade em voltar a falar português o tempo todo. Como falava em inglês até com meus pais, o português simplesmente sumiu e demorou um tempo. Voltei com uma visão muito diferente dos problemas cotidianos de São Paulo. Justamente por isso que indico a todos a experiência do intercâmbio, desde que feita no momento certo.

 

Bom, como podemos ver nos relatos acima, existem realmente alguns pontos bem similares entre o que os nossos amigos sentiram nesse processo.

Particularmente gostamos muito deste Post por ter mostrado a verdade nua e crua, além de realmente mostrar a essência do que a maioria dos nossos amigos Brasileiros passaram ao voltar para o Brasil. Recomendamos a leitura do post sobre As Maiores Dificuldades de se Viver na Austrália, que complementa bem este artigo.

Precisando de maiores detalhes, sugestões ou até mesmo outras dicas sobre este post ou sobre a Austrália, deixe seu comentário abaixo que ficaremos felizes em ajudar.

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